domingo, 7 de abril de 2013

O algodão

          1Datam de oito séculos a.C. as referências históricas sobre o algodão. Os egípcios o conheciam e cultivavam na Antiguidade; e os Incas, e outras civilizações antigas, já utilizavam o algodão em 4.500 a.C. O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) é uma planta arbustiva e perene (...). A palavra deriva de al-quTum, na língua árabe, porque foram os árabes que, na qualidade de mercadores, difundiram a cultura do algodão pela Europa. Ela gerou os vocábulos cotton, em inglês; coton, em francês; e, cotone, em italiano.
         Nos anos 1500, no início da colonização, havia certas espécies de algodão sendo cultivadas em território nacional. No Brasil, pouco se conhece da pré-história dessa planta, mas, os portugueses, quando aqui chegaram, perceberam que os índios conheciam o algodão, já sabiam fiá-lo e dele faziam tecidos.
       Há  uma  lenda  indígena,  inclusive,  no  folclore nordestino, segundo  a  qual, nos tempos  da  criação do mundo, os índios eram muito atrasados, não sabiam criar os animais e, tampouco, cultivar a terra. Eles ficavam no alto das árvores, ou em cavernas, para se proteger dos animais ferozes. Foi, então, que surgiu um grande chefe sábio - chamado Sacaibu - que os levou para um lugar onde havia caça. Lá, os índios construíram suas malocas. O sagrado deus Tupã deu uma semente a Sacaibu e pediu-lhe que a plantasse. Ele obedeceu ao grande Mestre e ficou esperando sua germinação. Quando a planta se desenvolveu, Sacaibu observou que, das suas flores, saíam tufos brancos, que os indígenas teceram e fizeram cordas. Por intermédio destas cordas, desceram um abismo e descobriram um povo de muita cultura, que lhes ensinou a viver melhor, a cultivar a terra, a criar os animais, a fazer utensílios variados e a tecer as roupas, com o produto da semente ofertada por Tupã: o algodão.
       Os  portugueses,  por  sua  vez,  apesar  de  terem cultivado, na Bahia e em Pernambuco, algumas variedades de algodão trazidas do Oriente (que, posteriormente, foram levadas pelos jesuítas para o Sul do país), estavam bem mais interessados no cultivo da cana-de-açúcar. Com a chegada dos escravos africanos, entretanto, por uma questão de necessidade, os colonizadores tiveram que plantar alguns hectares de algodão, para que eles pudessem fazer suas vestimentas.1

O ALGODÃO E A HISTÓRIA DE MARÍLIA

  • UM BREVE HISTÓRICO

            Graças ao café, o pequeno Patrimônio Alto Cafezal, hoje Marília, se desenvolveu rapidamente entre os anos de 1.919 e 1.929.
            O lugarejo atraía gente de todas as partes do Brasil e do mundo.
            Em 1.934, cinco anos após sua fundação, a cidade já contava com uma população de quase 57.000 habitantes.
          Em pouco mais de 10 anos, o pequeno município se transformou em um dos principais pólos de desenvolvimento do estado.
          Assim como o café, a ferrovia contribuiu em muito para esse progresso. A chegada da “Paulista” atraia mais e mais pessoas para a cidade. Foi graças à ferrovia que Marília ganhou projeção.
       Com a crise do café, o algodão se transformou na principal economia do município. Cultivado principalmente pela colônia japonesa, o algodão atraiu indústrias e fez de Marília o maior centro produtos de algodão do mundo ns anos 1.940. Há quem diga que o algodão de Marília foi utilizado pelos aliados no “Dia D”, na famosa batalha da Normandia, imortalizada no cinema pelo filme “O Resgate do Soldado Ryan”. 2

          Graças ao algodão, em 1.934 e 1935 foram instaladas as duas primeiras indústrias no município - duas fábricas de óleo.
     Trabalhamos com a história do algodão quando estudamos a bandeira de Marília. Ele aparece na bandeira e no brasão da cidade por ter sido importante para a economia do município. Por causa dessa importância, temos plantados na escola um pé de algodão e café. Pudemos observar a planta do algodão da flor ao fruto. Foi plantado pelo Professor Adilson em dezembro de 2012 e já está em plena produção.












1. Fonte: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=361&Itemid=180 > Acesso em 08.04.2013

2. Texto de Clodoaldo Moreira

Link para artigo da Profª Rosalina Taruni sobre o Ciclo do Algodão em Marília. Acesso em 29.06.13
http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/122390/Marlia-no-ciclo-do-algodo

2 comentários:

  1. Ola Geralda! Meu nome é Veronika. Estou procurando hastes de algodão natural para criar um buque para noiva, que vai casar na fazenda. Queria perguntar, se você cultiva o algodão e pode me vender alguns hastes ou cabeças. Vou agradecer. Aguardo a resposta.

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    1. Olá Verônica...infelizmente não poderemos te ajudar...nosso pezinho de algodão, além de ser único, serve para fins didáticos. Esperamos que consiga as hastes. Um abraço e não deixe de passar por aqui!

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